(Imagem: divulgação)
O
dilema crescimento versus inflação não abrange somente os países da zona do
euro. No Brasil, após um estudo divulgado pelo Instituto Brasileiro de Estatística,
que diz que a taxa de inflação deve superar a meta de 4,5% até o fim do ano,
preocupa alguns analistas, que propõem uma contenção do crescimento para evitar
problemas maiores.
Segundo
o Instituto, houve uma alta de 0,64% na inflação, registrada no mês de abril. Esse
é o maior índice desde o mesmo período de 2011. Entre as causas, os analistas
do Instituto culpam a alta de 15% no preço do cigarro, assim como uma elevação
significativa nos custos com a saúde.
As
previsões pouco otimistas alertam para um quadro mais preocupante em 2013,
quando a taxa de inflação pode ultrapassar a marca dos 5,5%, agravada por
estímulos monetários adotados ao longo deste ano e, também a queda significativa
do real frente ao dólar.
De
acordo com a Unidade de Inteligência Econômica (EIU), do The Economist Group, a
inflação no Brasil está vulnerável a uma série de fatores, tais como o reajuste
do salário mínimo previsto para este ano e possíveis variações no custo dos
combustíveis e produtos agrícolas. Analisando o cenário atual, a EUI acredita
que a inflação média para este ano será de 5,3%.
Em
contrapartida, alguns economistas acreditam que as medidas do governo para
conter a inflação podem ser eficazes. Isso não garante os 4,5% esperados, mas
pode manter a taxa em meados de 4,8%. Ainda assim, o Índice Nacional de Preços
ao Consumidor Amplo, o IPCA, que é o indicador oficial de inflação, continua
apontando para uma taxa de 5,06% até o final do ano.
Embora
haja divergências de opinião entre analistas, ao que tudo indica, a meta de
inflação não será atingida neste ano, assim como a Taxa Selic, utilizada como
mediador de taxas, deve voltar aos dois dígitos em 2013.
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