segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Os Três Mosqueteiros da Seção da Tarde


Os desavisados que foram ao cinema conferir a mais nova versão cinematográfica de “Os Três Mosqueteiros” provavelmente se perguntaram - Estou na sala certa? O filme é cômico, leve, previsível e cheio de efeitos especiais. Obviamente muito diferente do original escrito por Alexandre Dumas.

A produção tem uma atmosfera muito próxima de “Piratas do Caribe” (Dir. Gore Verbinski) devido ao figurino, lutas de espada, navios, soluções surreais e a participação de Orlando Bloom, interpretando o Duque de Buckingham.

Claro que, no que diz respeito a influências, não se pode deixar de lado a direção de Paul W. S. Anderson. “Os Três Mosqueteiros” segue a linha de seus filmes anteriores (Mortal Kombat; Resident Evil; Alien Vs. Predador), com muita ação, artes marciais, explosões etc. Sem esquecer de mencionar, é claro, sua esposa, Mila Jovovich, no papel da Milady de Winter.

Numa visão otimista, a produção atende ao propósito “seção da tarde”, apresentando personagens carismáticos, vilões não tão vilões e humor do começo ao fim. Pode-se dizer que um quinto do filme corresponde à Revolução Francesa e a Dumas, o restante é fruto da fertilidade de Paul Anderson.

O livro “Os três mosqueteiros” foi publicado em 1844 e é o primeiro tomo de uma trilogia que narra fatos importantes dos reinados de Luís XIII e Luís XIV, da França. As obras seguintes são respectivamente ”Vinte Anos Depois” e “O Visconde de Bragelonne”, esta última trazendo a famosa passagem do “Homem da Máscara de Ferro”.