(Imagem: divulgação)
Toda
vez que uma nova tecnologia chega ao mercado surgem rumores sobre
substituições. É fato que no caso dos livros, os chamados E-books ganharam um
amplo espaço no mercado desde que surgiram. Porém, isso pode não significar uma
sentença de morte para as publicações impressas.
Segundo
uma pesquisa do Instituto Pró-Livro, os impressos ainda dominam o mercado no
Brasil. Do total de 88 milhões de leitores do país, apenas 5% utilizam recursos
digitais.
Os
tablets configuram maior facilidade para transporte e armazenamento. Para
estudantes de cursos como medicina, por exemplo, a tecnologia pode ser aliada,
inclusive, da saúde. Já que muitos estudantes se queixam do excesso de peso que
precisam transportar, devido aos imensos livros que carregam.
Alguns
especialistas acreditam que esta permanência do livro impresso está relacionada
à relação que os seres humanos têm com o papel. Artifício inserido na sociedade
desde civilizações muito antigas. Isso pode configurar um laço afetivo difícil
de ser quebrado.
É
importante lembrar que quando a televisão surgiu, em meados da década de 1930,
muitos diziam que aquele seria o fim do rádio. Mas com o passar dos anos, os
dois equipamentos evoluíram, se tornando, de certa forma, indispensáveis nos
lares contemporâneos.
O
mesmo ocorreu quando a internet surgiu. Muitos acreditaram que seria o fim do
jornal impresso, já que as informações trocadas online superariam amplamente a
velocidade de um veículo impresso.
Considerando
que a tecnologia vem aos poucos se concentrando em determinados aparelhos, como
ocorre com os smartphones e tables, é possível que os livros impressos reduzam,
ou até mesmo sumam de circulação, mas isso seria a longo prazo. Ao menos é o
que se pode deduzir a partir do caso da televisão e do rádio, assim como pela
pesquisa do Instituto.
Os
pesquisadores do Pró-Livro constataram ainda que 94% dos leitores que testaram
o E-book se declaram satisfeitos, porém, 40% se dizem pouco satisfeitos,
enquanto 6% não gostaram da experiência. Esses números podem ser um indício de
que os livros impressos devem ser substituídos, mas não imediatamente. Será
preciso que a tecnologia avance um pouco mais para, de fato, agradar a maior
parte dos leitores. Até lá, os impressos continuam nas lojas.
Uma
opção para prolongar o uso dos livros, pode ser a melhora nos recursos de
impressão, assim como ações promocionais que incentivem a aquisição de livros
impressos. Em suma, uma medida que agregue valor aos livros. O fato, é que
muitas gráficas precisarão repensar sua posição no mercado daqui para frente e,
por dez ou quinze anos, estas empresas serão salvas por detalhes técnicos.
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