sábado, 9 de junho de 2012

MDNA World Tour


Imagem oficial: divulgação

Rica, loura e mundialmente famosa. Com ela nada é convencional. A polêmica está em sãs músicas, casamentos, filmes, forma de se vestir e agir. Além disso, ela também se destaca pela língua afiada. No dia 31 de maio, uma das turnês mais esperadas do ano teve início. Madonna Louise Veronica Ciccone, popular apenas como Madonna, escolheu um lugar atípico (como era esperado) para iniciar sua turnê. O Brasil faz parte dos 32 países escalados para servirem de palco do show intitulado MDNA World Tour.
É fato que os fãs israelenses pagaram até mil euros para assistir a estréia da turnê em Tel Aviv. Os ingressos mais baratos custaram cinquenta euros. Enquanto isso, os brasileiros que quiserem ver a diva no ponto mais privilegiado do show precisam desembolsar no mínimo 850 reais. Já os ingressos mais baratos não saem por menos de 120 reais.
Para os que não são fãs e torcem o nariz para o preço dos ingressos do MDNA, considerem o seguinte: Ela iniciou a carreira em meados de 1980. Resistiu a várias fases da música pop, sempre se renovando e ditando tendências. Muitas de suas músicas se tornaram hits por todo o mundo, sendo algumas com temas importantes como a repressão sexual e social feminina e críticas contra as guerras americanas. Mesmo não gostando, é preciso reconhecer que o trabalho dela é único e ficará para a posteridade.
A MDNA World Tour, assim como outras turnês da cantora, conta com alta tecnologia, onde o visual impecável é dirigido pela própria Madonna. O tema dessa vez é o “colegial”, com letras que falam, novamente, da liberdade feminina. Aos 53 anos de idade, ela mostrou no palco de estréia energia e gingado suficientes pra deixar muitas adolescentes com inveja.
Duas coisas chamaram mais atenção no show. A primeira foram os vários figurinos utilizados pela diva. Os modelitos são mais sofisticados que os da última turnê, Sticky and Sweet Tour, além de serem assinados por ninguém menos que Jean-Paul Gaultier, Jeremy Scott, Alexander Wang Prada, entre outros.
O outro fato que gerou surpresa foi a (in)direta à outra diva do pop, Lady Gaga, que supostamente teria “se inspirado” na música “Express yourself” de Madonna, no sucesso atual “Born his way”. A rainha do pop juntou as duas músicas e ainda emendou com o bordão de outro sucesso seu “she’s not me” (ela não é eu).
A passagem pelo Brasil deve ocorrer apenas em dezembro, quando Madonna fará um show no Rio de Janeiro, no dia 1º, dois shows em São Paulo, dias 4 e 5, encerrando com um show em Porto Alegre, no dia 9. Além das músicas do novo álbum “MDNA”, o setlist conta com antigos sucessos como “Like a virgin” e “Vogue”.

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Rio+20




O meio ambiente sempre está em pauta no Brasil, seja no Congresso Nacional, ou nos veículos de comunicação. A necessidade de preservação é evidente, quanto ao aquecimento, as consequências ainda são discutidas.
Num momento em que o marketing de sustentabilidade é mais abrangente que muitas ações de conscientização, o aquecimento global se torna um tema controverso. Muitos especialistas afirmam que o processo de resfriamento e aquecimento não estão relacionados unicamente às ações humanas, mas a um ciclo natural.
Este ponto de vista contrapõe o que tem sido pregado, inclusive, nas escolas brasileiras. Uma das principais premissas de ambientalistas é que a Amazônia é o pulmão do mundo. Ou seja, como a maior floresta do planeta, ela exerce grande influência no ciclo de chuvas e na produção de oxigênio, que por sua vez interferem em todo o globo. Esta teoria é desmentida por alguns estudiosos, que acreditam que o processo de formação das matas é inverso. Em outras palavras não há chuva porque há floresta, mas sim, há floresta porque há chuva, defendem.
Enquanto o Brasil adota medidas visando o desenvolvimento da indústria, pesquisas no país ainda trazem dados pragmáticos para o futuro. De acordo com a ONG Conservação Internacional Brasil, a CI-Brasil, a vegetação do cerrado deve desaparecer até 2030, como consequência de queimadas e a ampliação de áreas agrícolas. Se estes dados estiverem corretos, 57% da flora local já foram comprometidos, enquanto o restante já demonstra alterações.
Considerando que muitos países administram seu território a partir de teorias contrárias, ou, de alguma forma, divergentes às dos ambientalistas, uma pergunta se torna muito importante: o que exatamente será discutido na Conferência das Nações Unidas Sobre o Desenvolvimento Sustentável, marcada para o mês de junho, no Rio de Janeiro? Simples, a Rio+20, assim chamada por marcar os vinte anos da conferência mundial sobre o meio ambiente, também sediada no Rio de Janeiro, a Rio-92, deve discutir ações de desenvolvimento econômico e social, considerando o meio ambiente como peça fundamental para o desenvolvimento. Em suma, a ideia é levantar e discutir questões sobre sustentabilidade.
Todos os países participantes tiveram um prazo para enviar propostas para os temas oficiais do encontro: “a economia verde no contexto do desenvolvimento sustentável e da erradicação da pobreza; a estrutura institucional para o desenvolvimento sustentável. Em junho, eles devem definir quais serão as diretrizes de desenvolvimento sustentável e de que forma as nações pedem garantir um equilíbrio entre desenvolvimento e meio ambiente. Ainda assim, esperar da Rio+20 ações taxativas para acabar com a emissão de poluentes é, no mínimo, ingênuo.

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Inflação (novamente) acima da expectativa


                                         (Imagem: divulgação)

O dilema crescimento versus inflação não abrange somente os países da zona do euro. No Brasil, após um estudo divulgado pelo Instituto Brasileiro de Estatística, que diz que a taxa de inflação deve superar a meta de 4,5% até o fim do ano, preocupa alguns analistas, que propõem uma contenção do crescimento para evitar problemas maiores.
Segundo o Instituto, houve uma alta de 0,64% na inflação, registrada no mês de abril. Esse é o maior índice desde o mesmo período de 2011. Entre as causas, os analistas do Instituto culpam a alta de 15% no preço do cigarro, assim como uma elevação significativa nos custos com a saúde.
As previsões pouco otimistas alertam para um quadro mais preocupante em 2013, quando a taxa de inflação pode ultrapassar a marca dos 5,5%, agravada por estímulos monetários adotados ao longo deste ano e, também a queda significativa do real frente ao dólar.
De acordo com a Unidade de Inteligência Econômica (EIU), do The Economist Group, a inflação no Brasil está vulnerável a uma série de fatores, tais como o reajuste do salário mínimo previsto para este ano e possíveis variações no custo dos combustíveis e produtos agrícolas. Analisando o cenário atual, a EUI acredita que a inflação média para este ano será de 5,3%.
Em contrapartida, alguns economistas acreditam que as medidas do governo para conter a inflação podem ser eficazes. Isso não garante os 4,5% esperados, mas pode manter a taxa em meados de 4,8%. Ainda assim, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, o IPCA, que é o indicador oficial de inflação, continua apontando para uma taxa de 5,06% até o final do ano.
Embora haja divergências de opinião entre analistas, ao que tudo indica, a meta de inflação não será atingida neste ano, assim como a Taxa Selic, utilizada como mediador de taxas, deve voltar aos dois dígitos em 2013.

segunda-feira, 30 de abril de 2012

Livros impressos x digitais


 (Imagem: divulgação)


Toda vez que uma nova tecnologia chega ao mercado surgem rumores sobre substituições. É fato que no caso dos livros, os chamados E-books ganharam um amplo espaço no mercado desde que surgiram. Porém, isso pode não significar uma sentença de morte para as publicações impressas.
Segundo uma pesquisa do Instituto Pró-Livro, os impressos ainda dominam o mercado no Brasil. Do total de 88 milhões de leitores do país, apenas 5% utilizam recursos digitais.
Os tablets configuram maior facilidade para transporte e armazenamento. Para estudantes de cursos como medicina, por exemplo, a tecnologia pode ser aliada, inclusive, da saúde. Já que muitos estudantes se queixam do excesso de peso que precisam transportar, devido aos imensos livros que carregam.
Alguns especialistas acreditam que esta permanência do livro impresso está relacionada à relação que os seres humanos têm com o papel. Artifício inserido na sociedade desde civilizações muito antigas. Isso pode configurar um laço afetivo difícil de ser quebrado.
É importante lembrar que quando a televisão surgiu, em meados da década de 1930, muitos diziam que aquele seria o fim do rádio. Mas com o passar dos anos, os dois equipamentos evoluíram, se tornando, de certa forma, indispensáveis nos lares contemporâneos.
O mesmo ocorreu quando a internet surgiu. Muitos acreditaram que seria o fim do jornal impresso, já que as informações trocadas online superariam amplamente a velocidade de um veículo impresso.
Considerando que a tecnologia vem aos poucos se concentrando em determinados aparelhos, como ocorre com os smartphones e tables, é possível que os livros impressos reduzam, ou até mesmo sumam de circulação, mas isso seria a longo prazo. Ao menos é o que se pode deduzir a partir do caso da televisão e do rádio, assim como pela pesquisa do Instituto.
Os pesquisadores do Pró-Livro constataram ainda que 94% dos leitores que testaram o E-book se declaram satisfeitos, porém, 40% se dizem pouco satisfeitos, enquanto 6% não gostaram da experiência. Esses números podem ser um indício de que os livros impressos devem ser substituídos, mas não imediatamente. Será preciso que a tecnologia avance um pouco mais para, de fato, agradar a maior parte dos leitores. Até lá, os impressos continuam nas lojas.
Uma opção para prolongar o uso dos livros, pode ser a melhora nos recursos de impressão, assim como ações promocionais que incentivem a aquisição de livros impressos. Em suma, uma medida que agregue valor aos livros. O fato, é que muitas gráficas precisarão repensar sua posição no mercado daqui para frente e, por dez ou quinze anos, estas empresas serão salvas por detalhes técnicos.

segunda-feira, 2 de abril de 2012

O Retorno do Cranberries


 
 (Imagem: capa do novo disco/divulgação)


“Tomorrow could be too late”, ou “amanhã pode ser muito tarde”, é o que diz o refrão de uma das principais faixas do CD Roses, novo álbum do Cranberries. Num momento onde a sociedade exige imediatismo e polivalência, este refrão, embora pareça, não fala de pressa, mas de viver o hoje intensamente.
Após um hiato de dez anos, a banda Irlandesa traz a mesma sonoridade que a consagrou, num disco alegre e otimista. Não se trata de mais do mesmo, mas de uma prova de que novidade não está necessariamente associando ao diferente, mas à criatividade.
A bateria sempre em destaque de Fergal Lawler, a voz suave da vocalista Dolores Burton, somados à criatividade do baixo de Michael Hogan e dos solos bem colocados de Noel Hogan, trouxe novamente aos palcos uma das melhores bandas dos anos 90. Talvez, Cranberries sejam os melhores representantes do pop rock dessa época, já que nunca se prenderam ao modismo, lançando canções que se tornaram hinos da juventude de sua época, como os clássicos Linger e Zombie.
O disco Roses teve lançamento mundial no dia 27 de fevereiro deste ano. O álbum conta com onze faixas, sendo que a faixa título, curiosamente, é a última do disco. A recomendação é para as faixas Tomorrow, de letra e melodia impecáveis, Losing my mind, Show me e Roses.
A faixa cinco, Loosing my mind começa nostálgica, com instrumental em clima de expectativa. A batida se desenvolve no refrão que ganha aquele aspecto flutuante, típico da banda. Já a faixa dois, Tomorrow, citada no primeiro parágrafo é mais intimista, mesmo sendo a música de trabalho do disco. A letra que fala sobre a superfluidade de certos planos e anseios para o futuro que as pessoas criam quando iniciam uma relação. Entre outras frases, a canção fala sobre a importância das pessoas acreditarem umas nas outras numa relação, em vez de se tornarem prisioneiras dos próprios anseios.
Cranberries surgiu em 1989, quando os irmãos Noel e Michael Hogan colocaram em prática o projeto de uma banda de rock. Logo eles convidaram Fergal e Dolores, que por sua vez, compôs a música Linger. A canção se tornou uma das mais executadas da época e a voz marcante de Dolores virou elemento fundamental na banda.
Em 2001, a banda lançou um álbum intitulado Wake up and smell the coffee (Pode ser compreendido como Acorde e sinta o cheiro do café). O álbum teve ótima vendagem, mas em 2003 a banda anunciou que tirariam férias por tempo indefinido. Nesse meio tempo Cranberries chegou a se reunir para uma turnê, que passou por algumas cidades do Brasil, como Rio de Janeiro, São Paulo e Recife.
Neste ano, a banda iniciou um roteiro de shows do novo álbum. A turnê passou por Nova Zelândia, Austrália, Ásia e, neste mês, deve fazer cerca de doze shows na América do Norte, mas, infelizmente, Roses não deve passar pelo Brasil.


segunda-feira, 26 de março de 2012

Visto Americano


 (imagem divulgação)

Para quem quer fazer intercâmbio, passear ou, simplesmente, fazer compras, a entrevista para a emissão de visto americano é sempre uma preocupação a parte. São muitos os relatos e, mais do que isso, os boatos de pessoas que tiveram seus vistos negados sem quaisquer explicações. Muitas delas, por mero descuido na hora de preencher os formulários exigidos, ou por falta dos mesmos, ou por qualquer informação cedida que pode ser interpretada de forma negativa. Uma coisa é certa, vistos não são negados sem quaisquer motivos.
A entrevista não é uma regra imposta a todos. Em alguns casos o consulado dispensa o indivíduo desta etapa, necessitando apenas o envio do passaporte e, de acordo com o caso, de algum documento relacionado à viagem, como formulários, por exemplo. Para os demais mortais, resta partir para o cara-a-cara.
A primeira dica é buscar ajuda profissional. Turismo, estudo, estudo e trabalho, apenas trabalho, negócios. Cada uma dessas atividades exige um visto específico e que não param por aí. Além disso, são exigidos formulário, documentos e comprovantes que, na falta, certamente comprometerão a sua empreitada. Ao procurar uma agencia de viagens de confiança, especificando o motivo da sua viagem, eles irão zelar para que nada falte no momento da sua entrevista.
A segunda dica diz respeito a pontualidade. Atualmente as entrevistas são feitas apenas no Rio de Janeiro e São Paulo. É imprescindível obedecer ao horário marcado pelo consulado, pois nenhuma justificativa remediará um caso de atraso. Programe-se.
No caso de intercambistas, cujo visto exija um domínio razoável de inglês, fique certo, são raríssimos os casos em que o entrevistador conduz a entrevista em português. Já que, nesses casos especificamente, o idioma é um critério, as entrevistas são feitas em inglês, onde o entrevistador faz cerca de 5 ou sete perguntas a respeito do seu campo de estudo, lugar onde reside e lugar onde pretende ficar nos Estados Unidos.
Como diz o velho ditado “um sorriso abre portas”. Isso, com certeza, será útil pra você, tanto na conquista do visto, quanto em sua permanência no exterior. Como dito no começo do texto, muitas pessoas tem o visto negado por algo dito durante a entrevista que, por azar, ganhou interpretação negativa. Lembre-se que, os agentes do consulado são normalmente estrangeiros, portanto, não dominam o português a ponto de entender todas as flexões de nosso idioma. O ideal é ser claro, com respostas objetivas e, sempre que possível, com um sorriso estampado, como só os brasileiros sabem fazer!

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Os Três Mosqueteiros da Seção da Tarde


Os desavisados que foram ao cinema conferir a mais nova versão cinematográfica de “Os Três Mosqueteiros” provavelmente se perguntaram - Estou na sala certa? O filme é cômico, leve, previsível e cheio de efeitos especiais. Obviamente muito diferente do original escrito por Alexandre Dumas.

A produção tem uma atmosfera muito próxima de “Piratas do Caribe” (Dir. Gore Verbinski) devido ao figurino, lutas de espada, navios, soluções surreais e a participação de Orlando Bloom, interpretando o Duque de Buckingham.

Claro que, no que diz respeito a influências, não se pode deixar de lado a direção de Paul W. S. Anderson. “Os Três Mosqueteiros” segue a linha de seus filmes anteriores (Mortal Kombat; Resident Evil; Alien Vs. Predador), com muita ação, artes marciais, explosões etc. Sem esquecer de mencionar, é claro, sua esposa, Mila Jovovich, no papel da Milady de Winter.

Numa visão otimista, a produção atende ao propósito “seção da tarde”, apresentando personagens carismáticos, vilões não tão vilões e humor do começo ao fim. Pode-se dizer que um quinto do filme corresponde à Revolução Francesa e a Dumas, o restante é fruto da fertilidade de Paul Anderson.

O livro “Os três mosqueteiros” foi publicado em 1844 e é o primeiro tomo de uma trilogia que narra fatos importantes dos reinados de Luís XIII e Luís XIV, da França. As obras seguintes são respectivamente ”Vinte Anos Depois” e “O Visconde de Bragelonne”, esta última trazendo a famosa passagem do “Homem da Máscara de Ferro”.